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Cotonete pode deixar seu bebê surdo? Saiba o que fazer

Quando se é uma mãe de primeira viagem, um dos obstáculos mais comuns a ser enfrentado é a otite. Essa é uma infecção que pode ser lida com dor de ouvido, mas suas complicações são maiores do que isso.

De vez em quando, é normal perceber alguns sintomas nos pequenos como o fato do bebê colocar a mão na orelha muitas vezes, por exemplo.

Alguns outros sintomas que devem ser observados são balançar a cabeça para o lado repetidamente, aumento da irritabilidade e choro frequente.

O que é a otite?

Você sabe o que é otite? Apesar do nome engraçado, é uma infecção ou inflamação de ouvido. Geralmente é causada por vírus, bactérias ou fungos.

Porém, em crianças pode ser mais grave por causa da dor intensa. Além disso, é bastante comum. Esses episódios recorrentes fazem com que mães de primeira viagem se perguntam onde estão errando. Pois fique tranquila: não é sua culpa!

A otite pode ocorrer após um resfriado, uma gripe ou crise de sinusite. Também pode ser causada pela adenoidite, que é uma inflamação ou infecção da carne esponjosa do nariz, o que impede a passagem de ar.

Por exemplo, fique atenta se o bebê chorar ao ser amamentado ou alimentado. Esse choro durante a deglutição, ou seja, o acho de engolir, também pode ser um sinal de otite. É uma bactéria bastante chata de ser eliminada, mas não se preocupe.

A otite média aguda (OMA) atinge cerca de 60% das crianças com até 6 anos de idade. Logo, provavelmente o seu bebê terá otite, mesmo que tente fugir. Contudo, em crianças de até 2 anos, o vírus atinge 40% dos casos.

No entanto, os casos de otite média aguda são mais evidentes entre os 6 e 18 meses de idade, de acordo com a otorrinolaringologista Jeanne Oiticica.

Assim, até os 3 de idade todas as crianças vão apresentar pelo menos um episódio de otite, sendo que metade delas terão episódios recorrentes.

Quais os sintomas?

A otite tem diversos sintomas, mas o principal é a dor durante a alimentação do bebê. Os pais devem ficar atentos!

Se estiver suspeitando que seu bebê está com inflamação ou infecção no ouvido, basta tocar com certa intensidade a cartilagem da orelha. Essa cartilagem tem um formato de meia-lua e fica acima do lóbulo da orelhinha, chamado de tragus.

Assim, ao tocar na região, o bebê pode ter uma reação por conta da dor. Se chorar, o desconforto será ainda mais visível. Se os sintomas forem notados, os pais devem procurar um médico rapidamente.

Além disso, a dor da otite também pode interferir no sono e na rotina do bebê. A criança fica com essa sensação de ouvido tampado. De vez em quando também pode ocorrer o vazamento de pus.

Outros sintomas são a febre, o mal-estar, a falta de apetite, náuseas e vômitos. Porém, após uma otite crônica e recorrente, pode ser que a criança fique com algumas sequelas.

Entre elas estão a perda auditiva e impactos negativos nas habilidades de aprendizagem e aquisição da linguagem. Por isso, é preciso ter bastante atenção.

Como prevenir?

A otite pode sim ser prevenida. Uma das formas é não introduzir nas orelhinhas do bebê cotonetes, especialmente depois do banho.

Ao contrário do que muita gente pensa, o cotonete causa a fricção no local, podendo assim deslocar e retirar a camada protetora. Essa camada se chama cerume.

Sem ele, pode gerar microfissuras na pele. Tais microfissuras são uma porta de entrada para bactérias, fungos e vírus. Então, nada de cotonete, mamãe, mesmo que seja difícil deixar para trás velhos hábitos.

Apesar disso, a maneira mais eficaz de proteger o seu bebê da otite é por meio da vacina pneumocócica conjugada. Essa vacina tem sua primeira dose administrada aos 2 meses de vida.

É importante porque a imunização também pode ajudar a evitar a gripe, o resfriado, diversas alergias, a rinite, sinusite, entre outros. Assim, previne que a doença se alastre e ocupe a orelhinha do bebê.

Qual o tratamento para a otite?

Não temas: a otite é tratável!

Esse tratamento da otite média aguda pode ser feito com uso de antibióticos, corticoides, analgésicos, anti-inflamatórios e gotas tópicas.

Apesar disso, em alguns casos se faz necessária a cirurgia. No entanto, a cirurgia é somente para casos especiais, quando a otite interfere na fala, na linguagem, no sono e na qualidade de vida da criança. Também é feita em caso de otite recorrente.

Contudo, independente da intensidade e da frequência, ao perceber os primeiros sinais, procure um pediatra. Não coloque a saúde do seu bebê em risco.

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